A Torre de Babel


Uma prefeitura deve ter como principio básico zelar pelas necessidades de seus munícipes, ao assumir esse desafio devemos nos preocupar encarecidamente em realizar os anseios da população.

Porem infelizmente não é o que vemos, o comum é durante o começo do mandato a prefeitura servir como área para ser loteada entre os grupos que o levaram ao poder, então os chefes do executivo ficam reféns das promessas feitas durante a campanha.

Não estou dizendo que este é o caso de nossa amada cidade e sim de outra cidade que conheço, então não me interpretem mal, pois afinal são problemas de outro lugar, coisas que jamais acontecem por aqui.

Existe um crescimento relativo interessante, durante os anos que antecedem a chegada ao poder, vemos no começo poucas pessoas se expondo, colocando sua opinião, fazendo o papel da oposição coerente e consistente. Temos poucos gatos pingados brigando pelas suas ideias e meia dúzia de fofoqueiros de plantão divulgando as “verdades” absolutas nos bares pela cidade.

Nos primeiros meses de campanha temos um grupo certo, pronto para o combate, que geralmente são motivados pela grande possibilidade da vitoria, é natural que o grupo com a maior chance, tenha mais adeptos e de acordo que as chances vão aumentando o grupo vai crescendo, obviamente motivados pela convicção política que ficou restrita durante todos os anos anteriores e não pela possibilidade de lucro.

Com a chegada do pleito alguns parasitas vão saindo da moita e se unindo, com a vitoria existe o milagre da multiplicação, onde todos são responsáveis por ela, movidos pelo trabalho de anos de dedicação da equipe, porem anos resumidos em dois meses.

Realmente chegar ao poder é simples, todos comemoram a vitória, mas poucos lutam durante toda a guerra. Poucos sabem o que é fazer oposição, porem sabem comemorar.

Nesta cidade que conheci esta acontecendo isso, o chefe do executivo esta um pouco atrapalhado em acomodar as pessoas em seus novos cargos, que esta causando certa confusão. A vontade destes fiéis escudeiros que querem somente colaborar com a administração esta atrapalhando um pouco.

Deixando assim o paço municipal parecendo uma Torre de Babel onde cada um tem seu idioma, no entanto todos querem falar a mesma coisa “Quero meu lugar na sombra, quero meu carguinho”.

Existe uma grande diferença entre formar uma equipe de campanha e uma equipe de gerenciamento público, o que vi por lá atualmente foi uma equipe de campanha dentro de um local de gerenciamento.

 Aposto que poucos se preocuparam em realmente se capacitar para algo, poucos são realmente técnicos em algo, porem querem estar lá, somente para colaborar, enfim é assim que se faz.

Na cidade que fui conhecer, esta tendo este bate cabeça, onde temos a cada dia um chegando com uma listinha de nomes para entrar na nave mãe. Porem não querem trabalho, querem um carguinho.

A quebra de conceitos também tem rotulado esse começo de gestão, no qual anteriormente desprezava os forasteiros, era inadmissível uma pessoa de outra cidade assumir um cargo lá, pois a pessoa não tinha comprometimento com a cidade, tal como não conhecia os problemas locais.

Imagina, isso era crime, porem hoje é tido como normal, afinal é importante que tenhamos pessoas com experiência técnica, o fato de ter um padrinho forte não influencia em nada a escolha.

Seria interessante que a prefeitura daquela cidade disponibiliza-se os currículos dos servidores recém contratados, para mostrar a real importância deles no serviço publico.

Pau que bate em Chico baterá em Francisco?

Vejo o excesso de preocupação em ocupar espaço nos jornais, querendo sair como os heróis da cidade abandonada, querendo mostrar mais do que fazer.

Uma gestão baseada na imagem tem sido a característica inicial. Até parece que o manda chuva da gestão é um marqueteiro e não um gestor, acho que deve ser impressão minha.

Porem tenho fé que em breve as coisas vão se organizar naquela cidade, o desejo de colaborar irá falar mais alto e devagar as coisas vão tomar seu devido lugar.

E a cidade que conheci terá grandiosos quatro belos anos de gestão, sendo assim podendo se prorrogar por oito anos.

A lua de mel vai acabar, as cobranças vão começar, ai vamos sentir a eficiência desta equipe formada, em breve vão perceber que a melhor defesa não é o ataque e sim a coerência.

E a oposição vai se organizar não para secar o poder a qualquer custo e sim para cobrar e apontar os erros da gestão afim de uma cidade mais justa. Pois oposição barata é coisa do passado, hoje deverá existir uma oposição coerente e espero que a situação aprenda se portar como tal.

Agora vamos esperar.

Comentários

  1. Belo texto. Pobre cidade,conheço varias cidade como essa cidade...Tomara que o cofres aquentem essa adequação.

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